Mitos e verdades sobre a dengue
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07/05/2020Basta uma única mosquinha sobrevoando a mesa para ligar o sinal de alerta: quem está por perto corre para espantar o inseto, na tentativa de evitar seu contato com a comida a todo custo. Quando já é tarde demais, o jeito é reparar o estrago. Os mais precavidos tratam de descartar o pedaço em que o bicho pousou e isolar a área, para garantir que o visitante indesejado não volte a dar as caras durante a refeição.
Embora possa parecer para alguns, não se trata apenas de excesso de cuidado. Alimentos de fato podem ficar contaminados graças à breve visita de uma mosca, tudo por conta dos hábitos pouco higiênicos desses insetos.
Durante seus voos, eles acabam se alimentando de tudo que é tipo de detrito. Restos como fezes, animais mortos e matéria orgânica em decomposição estão recheados de micróbios, que ficam grudados em suas asas e patas e podem se desprender na próxima aterrissagem.
Um estudo recente, publicado no jornal Scientific Reports, descobriu que uma mosca doméstica, por exemplo, pode carregar até 351 bactérias diferentes. No caso da varejeira, também conhecida como mosca verde, são 316 tipos de microrganismos — alguns deles, inclusive, nocivos à saúde humana. Em geral, estas bactérias são oportunistas e potencialmente patogênicas, causando doenças do trato gastrointestinal, do trato urinário, úlceras estomacais, infecções cutâneas e respiratórias.
A sobrevivência dessas bactérias no corpo dos insetos depende de sua capacidade de formar esporos — estruturas que garantem sua proteção até que encontrem um lugar propício para crescerem —, o que varia de espécie para espécie.
Segundo o estudo, moscas urbanas costumam carregar mais bactérias do que as encontradas em zonas rurais. Isso sugere que o potencial nocivo desses insetos aumenta onde há maior concentração de pessoas. Existem formas seguras de as eliminar, como usar inseticidas, armadilhas ou vaporizadores.